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Pró-Reitoria de Extensão e Cultura - PROEC

Minicurso aborda desenvolvimento histórico e epistemológico do Feminismo Negro

Eventos, Extensão 15 de junho de 2020. Visualizações: 565. Última modificação: 15/06/2020 15:49:44

O Departamento de Ciências Sociais Aplicadas da UFERSA vem promovendo desde dia 03 de junho o Minicurso Compreendendo o Feminismo Negro e o imbricamento entre patriarcado-racismo-capitalismo. A ação foi fruto do acúmulo das discussões teóricas e das ações práticas realizadas no âmbito do Programa de Extensão Centro de Referência em Direitos Humanos do Semiárido, mais especificamente, do eixo de atuação Gênero, Diversidade e Educação Popular. Ministrado pelas professoras Drª Janaiky de Almeida Pereira e Drª. Gilmara Joane Macêdo de Medeiros, o minicurso também contou com a parceria do Projeto de Pesquisa Teorias Críticas do Direito.

O minicurso teve o objetivo de trabalhar o desenvolvimento histórico e epistemológico do Feminismo Negro, a partir das obras das estudiosas e ativistas Angela Davis, Patrícia Hill Collins, bell hooks, Sueli Carneiro e Lélia González. A ação de extensão foi dividida em cinco módulos de quatro horas, programados entre os dias 03.06 e 08.07.2020, com realização por meio da plataforma Google Meet. Cada encontro foi dedicado ao esmiuçamento das contribuições teóricas das autoras escolhidas, com a apresentação de suas obras e conceitos por elas manejados.

As(os) participantes inscritas(os), cerca de cem pessoas, majoritariamente mulheres, foram de diversas regiões do país, o que lhe conferiu uma abrangência nacional. Em virtude da alta procura no período de inscrições e do retorno positivo das participantes sobre a importância do tema e de sua difusão acadêmica, há pretensão de organização de turmas futuras, dando prosseguimento ao projeto.

As organizadoras consideram que “o Feminismo Negro tem contribuído para desenvolver uma perspectiva integrada dentro dos estudos feministas e de gênero, ao articular as opressões de raça, classe e sexo e indicar os silêncios e conivências de teorias que, buscando apontar uma opressão específica, não enfrentam as formas de violências vivenciadas pelas mulheres negras e colonizadas”. Para as professoras, “as autoras que foram objeto de estudo no minicurso, mais do que apontar e denunciar os “silêncios” da teorização feminista tradicional, evidenciam em suas obras quais os pressupostos políticos devem estar presentes para uma ação renovadora e mais inclusiva do feminismo e do pensamento crítico como um todo”.

As organizadoras comentam ainda que, “o minicurso contribuiu para difundir o pensamento e as obras das intelectuais negras, rompendo com o silêncio e a pouca atenção a elas dispensadas pelo conhecimento hegemonicamente produzido nos círculos acadêmicos. E visibilizar este conhecimento cumpre dois papéis fundamentais, negritar as opressões sofridas pelas mulheres negras em nossa sociedade e fortalecer suas lutas, identidades e intelectualidade”.